Este é um espaço para acompanhamento de atividades, críticas e sugestões para os que fazem parte, ou não, do Projeto JECA (Maceió)

sábado, 1 de janeiro de 2011

O que é o JECA?


Com o trabalho de alunos voluntários do curso de Comunicação Social, a parceria entre a Revista Viração, a Escola Estadual Ovídio Edgard, a Radio Comunitária Martins FM 87,9 e o Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Comunicação e Multimídia (Comulti); o JECA possibilita aos estudantes secundaristas a inserção na produção de mídias – sejam locais, como a raáio comunitária, ou nacionais, como a revista Viração.
A educomunicação, união da educação e da comunicação, é uma forma de leitura crítica da produção coletiva. O que a torna peculiar, é a influência que ela tem na formação de pessoas e na consolidação da sociedade. Para que esse conceito funcione da forma desejada e imprescindível difundir o conhecimento adquirido na Universidade em comunidades que estão à parte dos conceitos e potencialidades dos meios de comunicação.
Embora saibamos que a falta de estrutura ainda é um problema visível na maior parte das escolas brasileiras, utilizamos as propostas da educomunicação como forma de superar os obstáculos de uma comunidade carente, levando aos alunos a possibilidade de refletir sobre o poder do adolescente na construção de uma mídia que realmente sirva de instrumento para a mudança social e melhoria na qualidade de vida da comunidade a que pertence.

Metodologia

Apesar de ter suas atividades inseridas como projeto de extensão da Ufal apenas em maio de 2010, o Jeca atua continuamente desde maio de 2009 com alunos voluntários e parceiros envolvidos na discussão e capacitação de jovens das comunidades vizinhas a Universidade. Para que isso ocorra, adotamos os seguintes procedimentos:
a-                  Desenvolvimento de oficinas de rádio, jornalismo impresso, conceitos práticos e teóricos da comunicação social aos secundaristas da escola Estadual Ovídio Edgard, através dos estudantes bolsistas e voluntários de Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas;
b-                 Inclusão dos estudantes secundaristas e universitários no Grupo de Jovens Comunicadores do Brasil, introduzindo-os na discussão do papel dos meios de comunicação no país;
c-                  Utilização dos equipamentos de rádio já existentes na escola, para a produção de conteúdo voltada para a melhoria da aprendizagem;
d-                 Implantação do jornal-mural na escola com a produção de textos dos próprios alunos;
e-                  Analise da produção e correção dos possíveis erros na produção dos jovens envolvidos, verificando se atendemos ao público pretendido;
f-                  Parceria por intermédio dos estudantes universitários com a Revista Viração, uma revista de âmbito nacional, escrita e voltada aos jovens. Possibilitando a publicação ou contribuição em matérias feitas pelos próprios adolescentes;
g-                 Produção de programas na Radio Comunitária Martins, onde os jovens trabalham com conceitos já discutidos nas oficinas, como a cidadania, a diversidade, o acesso aos meios de comunicação e o Estatuto da Criança e do Adolescente;
h-                 Participação em concurso de fotografia, rádio, reportagens impressas, vídeos e ilustrações, estimulados pelos parceiros da ONG Viração, com a UNESCO e a Secretaria Nacional da juventude e
i-                   Avaliações mensais sobre o trabalho desenvolvido pelos jovens.


Conclusão
 A integração da Universidade e da comunidade, com a capacitação desta, através das mídias, tira da abstração conceitos de educomunicação, ao mesmo tempo em que efetiva o acesso de um público ainda em formação escolar na produção de conteúdo próprio, através de meios de comunicação acessíveis.
Se a capacitação dos secundaristas os dá maior discernimento para refletir e construir uma comunicação mais diversificada e que atenda os seus anseios, o processo inverso – dos alunos universitários que repassam seus conhecimentos para um público carente de informação – auxilia na formação de um profissional cidadão e preocupado coma opinião de um público consciente.
O processo de aprendizagem é em via dupla: pois o público passa a conhecer as mídias e utilizá-las a seu favor ao mesmo tempo em que o estudante da comunicação conhece seu público in loco e é capaz de atender aos seus anseios quando estiver atuando profissionalmente.

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